segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"A PALAVRA CANTADA DE MANUEL BANDEIRA” COM CLARICE PRIETTO E KÁTIA BALOUSSIER, NO TEATRO DA UFF. PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DO ATOR FRANCISCO CUOCO

No próximo dia 25, às 19 horas, o projeto Terças Eruditas na UFF, promovido pela Divisão de Música do Centro de Artes UFF, apresenta a cantora e atriz Clarice Prietto no espetáculo “A palavra cantada de Manuel Bandeira”, no Teatro da UFF. Participações especiais da pianista Kátia Baloussier, do ator Francisco Cuoco e do tenor José Rescala.


A idéia de produzir este espetáculo partiu de Clarice Prietto (mezzo-soprano e atriz) em 2003, quando participava, em São Paulo, de um concurso de canto cuja peça de confronto escolhida era uma canção de Osvaldo Lacerda, “O menino doente”, com poesia de Manuel Bandeira. A construção intrigante da composição e a forma com que a melodia conduzia a palavra aguçaram a curiosidade de Clarice em conhecer outras canções com poesias do mesmo autor. A pesquisa tornou-se mais abrangente envolvendo outros compositores que utilizassem poesias de Bandeira e foram encontrados então nomes como os de Villa-Lobos, Guerra-Peixe, José Siqueira, Edino Krieger, Francisco Mignone, Marlos Nobre, Almeida Prado, Ricardo Tacuchian, Radamés Gnatalli, Jaime Ovalle, Lorenzo Fernandez e Helza Cameu.

Surgiu, então, a pergunta: O que fez Manuel Bandeira ter sido tão “musicável”? A resposta está na criação de um catálogo, feito por Clarice Prietto como projeto de mestrado em música na Uni-Rio, onde estão listadas 141 canções, nas quais foram usados 79 poemas diferentes. E, a partir do catálogo, foram selecionadas 16 canções, que ilustram a “musicalidade” do poeta pernambucano, para integrar o espetáculo “A palavra cantada de Manuel Bandeira”. Além das canções, foram incluídas algumas poesias não musicadas e cartas escritas entre Mario de Andrade e Bandeira.

As canções escolhidas foram: Guerra-Peixe (Vou-me embora pra Pasárgada), Osvaldo Lacerda (Poemeto erótico / Madrigal / Poema tirado de uma notícia de jornal / Cantiga I / Felicidade / O menino doente), Helza Cameu (Madrigal), Villa-Lobos (O anjo da guarda / Modinha), José Siqueira (Macumba de Pai Zuzé / Trem de ferro), Jaime Ovalle (Modinha / Azulão) e Camargo Guarnieri (Vai, azulão).

Clarice Prietto (mezzo-soprano e atriz) – é Mestre em Música pela Uni-Rio. Integra o coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e, atualmente, é preparadora vocal no coro Sacra Vox. É também solista do Coro de Câmera da Pró-Arte e membro do Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, que atua com a OSB e a Orquestra Petrobrás Sinfônica. Fez master-classes com os professores Marvin Keenze e Elizabeth Howard (EUA), Vera do Canto e Mello (RJ), Nadja Daltro (RJ) e Celine Imbert (SP). Cantou na Espanha, Portugal e EUA. Participou cantando e tocando em novelas e minisséries produzidas pela TV Globo, tais como “Sonho Meu” (1994), “A Força de um Desejo” (1998), “Um só Coração” (2002) e “JK” (2006) e, na TV Bandeirantes, participou da minissérie “Villa-Lobos” (2001). Atuou ainda em mais de dez musicais, com os diretores Wolf Maia, Rogério Blat, Ignácio Coqueiro, Luis F. Lobo e Karen Acioly, e em dois curta-metragens.

Kátia Baloussier (pianista) - iniciou seus estudos com Ivone Badmann e continuou com Myriam Dauelsberg e Telmo Cortes. Graduou-se pela Escola de Música da UFRJ, onde também obteve o mestrado em piano. Obteve ainda sete prêmios em concursos nacionais. Como solista, já se apresentou em diversas salas da cidade e, como camerista, desenvolve um longo trabalho, já tendo atuado junto a renomados artistas brasileiros e estrangeiros em locais como os CCBB do Rio e de Brasília, Sala Cecília Meirelles, Paço Imperial do Rio e Museu Imperial de Petrópolis, MAM, Pró Música de Juiz de Fora e Teatro São Pedro de Porto Alegre, entre outros. Também atua como co-repetidora, acompanhando cantores líricos em audições, concursos e recitais, e participando como pianista de obras orquestrais. Durante 1996 e 1997 trabalhou nos programas de aperfeiçoamento da Uni-Rio acompanhando músicos em classes ministradas por Auréle Nicolet e Boris Belkin, entre vários outros, tornando-se, desde então, pianista acompanhadora oficial daquela instituição.

O ator Francisco Cuoco, nascido em 29 de novembro de 1933, estudou interpretação na Escola de Artes Dramáticas, em São Paulo. Estreou na televisão com “Pouco amor não é amor”, em 1963, e se tornou um dos maiores galãs da televisão brasileira, atuando em novelas como “O semideus”, “O salvador da pátria”, “Tropicaliente” e “A próxima vítima”. Seus maiores sucessos, no entanto, aconteceram com os personagens Cristiano Vilhena, de “Selva de Pedra”, Carlão, de “Pecado Capital”, Herculano Quintanilha, de “O astro”, Tião Bento, de “Sétimo sentido”e Lucas Cantomaia, de “Eu Prometo”. Marcado como galã de televisão, suas participações no cinema foram poucas e as principais ocorreram recentemente em dois filmes da produtora carioca Conspiração: “Traição”, conjunto de três episódios baseados na obra de Nelson Rodrigues, e “Gêmeas”, de Andrucha Waddington, em que fez Jorge, o pai das gêmeas do título.

(Texto de Robson Leitão)

SERVIÇO:

Terças Eruditas na UFF

A palavra cantada de Manuel Bandeira

Com Clarice Prietto (mezzo-soprano) e Kátia Baloussier (piano). Participações especiais: José Rescala (barítono) e Francisco Cuoco (leitura de poemas e cartas).

Dia 25 de agosto, às 19h

Local: Teatro da UFF (Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói – RJ)

Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia para estudantes, maiores de 60 anos e funcionários da UFF).

Tel: 2629-5030

Outras informações: acesse o sitewww.centrodeartes.uff.br

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