sexta-feira, 20 de abril de 2018

Sarau das Artes, dia 24, na varanda da Reitoria da UFF


A varanda da Reitoria da UFF é poesia pura! Lá acontece o Sarau de Artes, cuja proposta é reunir convidados e público, a cada edição, em torno de um tema. Os saraus, que acontecem todos os meses, são sempre temáticos e, neste mês, o tema será o Brasil: A Margem. O patrono in memorian, associado a este tema é o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, e a poetisa homenageada é a professora, escritora e poetisa, Maria Helena Latini.

Segundo o curador Gilberto Gouma, a ideia é ter um amplo painel, com múltiplas expressões artísticas em torno da poesia: falada, escrita, imagética, performatizada, cantada, dançada para que o público fique imerso nas sensações que a Poesia estimula, proporcionando momentos de evasão e reflexão.


Sobre o patrono: João Cabral de Melo Neto

O pernambucano João Cabral de Melo Neto enveredou para os caminhos da poesia desde sua juventude. Aos 22 anos, após ser dispensado de sua convocação para servir à Força Expedicionária Brasileira no Rio de Janeiro, ele decidiu permanecer na cidade, onde viria a conhecer pessoalmente outros grandes nomes da literatura nacional como Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade. Ainda em 1942 ele publicou sua primeira coletânea de poemas chamada “Pedra do Sono”.  Poucos anos depois o poeta ingressou no Itamaraty e sua atividade literária passou a partilhar do tempo de suas atribuições diplomáticas em outros países. Ainda no exterior ele publicou sua principal obra “Morte e Vida Severina” (1956) e ingressou na Academia Brasileira de Letras (1969). O poeta regressou ao país em 1987 após ter sido nomeado cônsul-geral da cidade do Porto, em Portugal. João Cabral de Melo Neto faleceu em 1999, na cidade do Rio de Janeiro, vítima de uma ataque cardíaco. Suas obras colecionam reconhecimento e várias premiações, como os Prêmios Jabuti de 1967 e 1993 e o Prêmio Camoẽs de 1990.

Homenageada: Maria Helena Latini

Professora, escritora e poetisa, Maria Helena Latini nasceu em São Gonçalo, migrou para o Rio de Janeiro logo na infância, e em seguida para Niterói, onde vive até hoje. Graduada em Letras e pós-graduada em Leitura e Produção de Textos pela Universidade Federal Fluminense, participou das antologias "Água Escondida" (1994): "Urbana" (2001); "Poesia Sempre" (2006); "Communità Italiana" (2006); e "Antologia Digital Saciedade dos Poetas Vivos" (2009 e 2013). Publicou "Roteiros de Vida" (1991); "Ângela e Antônio" (1992); "Fio de Prumo" (2006) e escreveu com Wanda Monteiro "Duas mulheres entardecendo" (2015). Para o teatro escreveu os roteiros de "Dois Monólogos Entrelaçados" (2012), encenado na Casa de Cultura Leila Diniz, em Niterói; "Afro-poemas" (2013) e "O que é Poesia" (2014), encenados no SESC-Niterói.






SERVIÇO:

Sarau das Artes

24 de abril - 18h

O Sarau das Artes de abril homenageia a poeta Maria Helena Latini e tem como patrono o ícone João Cabral de Melo Neto
Curadoria - Gilberto Gouma, Pierre Crapez e Wanda Monteiro
Participantes - Carla Erhardt, Laffayete Alvares Jr., Filipe da Mata, Jorge Piri, Louise Hug, André Rangel e Zé Neto, entre outros.
Patrono - João Cabral de Melo Neto / Homenageada - Maria Helena Latini

Local: Varanda do Centro de Artes UFF
 (Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói, RJ)
Entrada gratuita

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Mostra de curtas no Cine Arte UFF com entrada franca



O Coletivo Foras de Quadro conduz mostra gratuita de curtas que acontece amanhã (12), às 17h, no Cine Arte UFF, em Icaraí, Niterói.

Formado há cerca de um ano, o “Foras de Quadro” é um coletivo que se debruça no estudo das mais diversas artes e promove debates na busca da aplicação prática destas teorias no audiovisual, em especial o cinema. “Foras de Quadro ” tem como principal objetivo o aprofundamento do estudo da linguagem cinematográfica, aliado a vontade de produzir ficção de alta qualidade.

Sob a coordenação de Diogo Oliveira, Diretor de “O Homem que matou John Wayne”, a cinebiografia do mestre Ruy Guerra, o grupo é estimulado a desenvolver obras criativas, que desafiam a milenar e combalida arte de contar histórias.



O coletivo busca um conhecimento plural de tudo aquilo que pode ser englobado pela sétima arte - roteiro, direção, fotografia, arte, produção, cenografia, som, montagem, cor, entre outros – fazendo dessa interdisciplinaridade a grande força motriz dos seus filmes.



Mostra de Curtas com o coletivo Foras de Quadro

A NATUREZA DO JOGO
18’, de Clodoaldo Lino, com Marcello Moura, Fernanda Heck, Ariane Rocha, Renata Caldas

Jonas tem seu mundo metódico e entediante abalado por uma aventura dantesca, quando descobre que o inferno é aqui!

BENÇÃO
5’27’’, de Cauê Monteiro, com Letícia Gomes, Marcos Vinicius Moura

Sob a benção da hipocrisia segue a união do divino com o profano.

BRILHO ETERNO DE UMA LEMBRANÇA SEM MENTE
1’10’’, de Clodoaldo Lino

A eternidade em um minuto.

CAPUT
8’51’’, de Clodoaldo Lino, com Jacqueline Soares, Bayron Rodrigues, Eduardo Rocha

O impasse entre o indivíduo massificado e o fim do trabalho.

DOPAMINA
5’, de Felipe Quadra, com Pedro José

Um homem se distrai com memes violentos, sexualizados e humorísticos enquanto tenta se desligar de sua rotina monótona.

LAÇO
1’10’’, de Tuany Rocha, com Ramayana Regis

O curta utiliza uma linguagem lúdica e repleta de signos para retratar os sentimentos mais profundos de mulheres que sofrem violência física e psicológica. Critica o aprisionamento que os relacionamentos abusivos trazem e gera questionamento a respeito do lugar determinado pela sociedade como sendo o habitat natural de uma mulher, o lar.

NATUREZA MORTA
8’51’’, de Tuany Rocha, com Agnes Hegmann, Anita Vilarinho, Nathalia Cavalcanti

Por meio de fragmentos da vida de 4 personagens, o filme critica diferentes tipos de opressão à mulher dentro da sociedade patriarcal. Em tom lúdico e colorido, o curta destaca de maneira irônica as torturas físicas e psicológicas que buscam encaixotar sonhos para a fabricação da “mulher perfeita”.

NOSOTROS
8’, de Felipe Quadra, com Diego Queiroz, Isabela Moss, Dario Valdizan, Pedro José

Um jovem casal vive seus últimos dias juntos depois que ela recebe uma proposta profissional para deixar o país.

SAIA DE BONECA
7’27’’, de Vanessa Cunha, com Helena Sacco

O curta retrata conflitos femininos e toda a opressão oriunda de padrões estéticos e boas maneiras moralmente impostas pela sociedade. Imagens irreais são argumentos críticos que ilustram a psique da personagem. Um universo lúdico e colorido repleto de um sombrio sentimento de culpa.

Testemunhas do fim de uma Era

  Estamos assistindo ao fim de uma geração que não tem substitutos à altura Vi um comentário do jornalista e crítico Mauro Ferreira (G1) ...