quarta-feira, 12 de julho de 2017

Álbum das Mercenárias pela EMI continua inédito em streaming


"Trashland" comemora trinta anos em vinil em 2018 e até hoje não é disponível em streaming


Mercenárias é uma seminal banda oitentista punk feminina brasileira, de São Paulo, e disso muita gente sabe. Depois de lançar o aclamado disco "Cadê As Armas?" em 45 rotações pelo mitológico selo independente Baratos Afins (de Luis Carlos Calanca) as Mercenárias ganharam a critica e o público – com execuções fartas de suas musicas em rádios moderninhas naquele tempo, como a Fluminense FM (Niterói) e a Ipanema FM (Porto Alegre). Conquistaram espaço primeiro nas revistas – Roll, Bizz – e cadernos de cultura dos jornais de São Paulo, com focos espalhados pelas cenas punks de outros Estados, principalmente o Rio de Janeiro. O período era entre 1985 e 1988.



Mas tudo começou em 1983, com Sandra Coutinho (baixo), Rosália (vocal) e Ana Machado (guitarra), estudantes universitárias em São Paulo, além de Edgard Scandurra  -- que, na época, tocava em três bandas e teve que deixar a banda, então com Lou entrando no posto de baterista.  

“Trashland” (1988), esse disco atualmente quase esquecido porém cultuado das Mercenárias, é o segundo álbum e o primeiro por uma multinacional que se arriscou na onda que surgiu no rock oitentista nacional, a EMI. Ela já tinha dentro do seu quadro profissionais antenados como o produtor Mayrton Bahia, que já lidava com artistas como Legião Urbana, Zero e Finis Africae no mesmo elenco. Por isso o “Trashland” é um reflexo da cena deste período -- ainda mais trazendo a assinatura de produção do guitarrista Edgard Scandurra (Ira!), que já tinha integrado a banda. Quem também assina a produção é Thomas Pappon (Fellini). O disco nasceu clássico.


Começa por “Lembranças”, com poesia ácida e psicodélica, guitarras com nuances sutis e vocal emblemático combinado ao baixo soturno.  Climão que continua em “Há Dez Anos Passados” onde a letra decreta que o futuro é ultrapassado, as drogas estão velhas e tudo está como ontem. A terceira é um rock básico, “Somos Milhões”, informando que o nosso trabalho sustenta este jogo e utilizando-se da mesma moldura melódica. O que, aliás, é palmas para o produtor – em deixar o álbum perfeitamente coeso. Completando o álbum as faixas “Tempo Sem História”, “Ação na Cidade”, “matinê”, “Mesmas Leis”, “Cadê As Armas?”, “Provérbios do Inferno” – esta sob um poema de William Blake –, “Kyrie”, “Angelus” e a faixa-título.



“Trashland”, álbum com a capa assinada pelo artista Michel Spitale e que traz ainda o músico Bocato tocando trombone como convidado especial na faixa “Kyrie”, confirma o pós-punk feminino da pioneira banda. É uma mescla das influencias de Sex Pistols, Siouxsie and the Banshees e Joy Division. 

Mesmo não tendo sido trabalhado no mercado fonográfico à época de seu lançamento, conseguiu ao menos se apresentar no extinto programa do Faustão na Band, “Perdidos Na Noite” .



O disco foi eleito o melhor do ano pela revista Bizz e, mesmo assim, as Mercenárias foram dispensadas do elenco nacional da EMI-Odeon através de um frio e pouco explicativo telegrama postal. Acredite... se quiser! 

Ouça aqui o álbum completo que não chegou nas plataformas oficiais, mas tem no Youtube. (Leonardo Rivera)


segunda-feira, 10 de julho de 2017

Megadeth anuncia datas no Brasil



Vendas para as datas em São Paulo e Rio de Janeiro começaram hoje

Ícone do heavy metal, o Megadeth anunciou datas em São Paulo e Rio de Janeiro no segundo semestre. Liderada pelo seu fundador e um dos maiores guitarristas da história Dave Mustaine e contando com o brasileiro Kiko Loureiro (ex-Angra), também na guitarra, o grupo norte-americano se apresenta dia 31 de outubro no Espaço das Américas, na capital paulista e dia 01 de novembro, véspera de feriado, no Vivo Rio na capital fluminense, onde não tocam como uma atração exclusiva há nove anos.

Uma das maiores bandas do metal mundial, o Megadeth chega no embalo da conquista do Grammy 2017 como melhor performance de heavy metal pelo trabalho Dystopia, quinto álbum da banda, lançado no início de 2016. O Megadeth já vendeu mais de 50 milhões de discos no mundo, com destaque para os álbuns “Peace sells... But who’s buying”, “So far, so good… So what!”, “Rust in peace” e “Cryptic writings”, que ganharam discos de platina. Ao longo de 34 anos de atividade, foram nomeados para 12 Grammys.

Os ingressos serão disponibilizados no site www.eventim.com.br.



Megadeth – São Paulo

SERVIÇO

Data:  31/10/2017 – terça-feira
Local: Espaço das Américas
Endereço: Rua Tagipuru, 795, Barra Funda - São Paulo - SP
Horário do evento: 22h 
Abertura dos portões: 19h30
Classificação etária: 18 anos. Menores entre 12 e 18 anos entram acompanhados dos pais/responsável.

INGRESSOS

Pista Premium Lote 1: R$360,00 (inteira) / R$180,00 (meia)
Pista Lote 1: R$200,00 (inteira) / R$100,00 (meia)
Mezanino: R$ 400,00 (inteira) / R$200,00 (meia)

BILHETERIA OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA


Espaço das Américas
R. Tagipuru, 795 - Barra Funda, São Paulo/SP
De segunda a sábado das 10h às 18h

Megadeth - Rio de Janeiro

SERVIÇO

Data: 01/11/2017 – quarta-feira
Local: Vivo Rio
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ 
Horário do evento: 22h 
Abertura dos portões: 20h
Classificação etária: 18 anos. Menores de 18 anos entram acompanhados dos pais/responsáveis.
Atenção: para setores com mesa, a compra de um ingresso garante um assento na mesa selecionada, mas não em uma cadeira específica. Os assentos são ocupados por ordem de chegada.

INGRESSOS

Camarote A: R$360,00 (inteira) / R$180,00 (meia)
Camarote B: R$280,00 (inteira) / R$ 140,00 (meia)
Balcão: R$240,00 (inteira) / R$ 120,00 (meia)
Frisa: R$300,00 (inteira) / R$150,00 (meia)
Pista Vip - Lote 1: R$360,00 (inteira) / R$180,00 (meia)
Pista - Lote 1: R$180,00 (inteira) / R$90,00 (meia)

*25% de desconto sobre o valor da inteira para clientes Vivo Valoriza na compra de até 02 ingressos. Para comprovar seu cadastro no programa, basta enviar um SMS para o número 1058 com a palavra VALORIZA. Para clientes Vivo Fixo, Vivo Internet e Vivo TV, basta apresentar a última conta paga.

BILHETERIA OFICIAL – SEM COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA



Vivo Rio
Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ
De segunda a sábado das 10h às 19h; domingos e feriados das 10h às 18h

PONTO DE VENDA – SUJEITO A COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA



FNAC - Barra Shopping
Av. das Américas, 4666 - Piso Lagoa - Loja B101-114 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ
Segunda a sábado das 10h às 20h; domingos das 13h às 19h; feriados das 15h às 19h
Apenas venda de ingressos. Não realiza retirada.



domingo, 9 de julho de 2017

Longa-metragem "Trash" chega ao Netflix



Impossível não lembrar de "Pixote - A Lei do mais Fraco", de Hector Babenco, e do mais recente "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, ao assistir o longa-metragem "Trash - A esperança vem do Lixo" -- que, pasmem, me passou batido à época de lançamento -- que chegou ontem ao Netflix.

Dirigido pelo inglês Stephen Daldry (O Leitor, As Horas), é baseado no livro de Andy Mulligan que se passa em um país fictício. Porém o próprio autor via o Brasil como uma possibilidade para a adaptação cinematográfica de sua obra. O filme, com roteiro de Richard Curtis, conta a história de três garotos pobres que, a partir de uma carteira achada em um lixão, encontram um código que leva à fortuna de um político corrupto.

Filme de 2014 segue a linha de clássicos como "Pixote" e "Cidade de Deus"

No elenco, além de não-atores Rickson Tevez (Rafa), Eduardo Luis (Gardo) e Gabriel Weinstein Rato), que se tornam revelação instantânea, grandes atores como Wagner Moura (José Ângelo), Stephan Nercessian (Santos) e o saudoso Nelson Xavier (Jeferson) -- o que, visto após sua morte, causa ainda mais comoção em quem sempre admirou seu trabalho. Selton Mello vive o maldito Fredereico Gonz e, como sempre, atua brilhantemente. Felipe Braga, roteirista brasileiro, ajudou a dar o tom do texto, que também teve a contribuição dos meninos estreantes do elenco. Também fica difícil não lembrar dos filmes "Tropa de Elite", dirigidos por José Padilha, quando vemos as criticas sociais ao sistema político, carcerário, às organizações religiosas e toda a corrupção que nos assola atualmente -- o que deixa ainda mais vibrante assistir o filme em julho de 2017. É profundamente atual.


Destaque para a direção de arte e o roteiro cuja sequencia se mostra perfeita. Não é o tipo de longa-metragem onde o destaque vai para o romance, ou o paradisíaco Rio de Janeiro turístico. Não enfoca cartões postais, mas reforça a importância da fé, da coragem e da perseverança. Já que uma das cenas finais, com o dinheiro caindo do céu no lixão, é impactante. Podia ter sido filmado ontem. (Leonardo Rivera)

Cotação: (✮✮✮✮)





Testemunhas do fim de uma Era

  Estamos assistindo ao fim de uma geração que não tem substitutos à altura Vi um comentário do jornalista e crítico Mauro Ferreira (G1) ...