quinta-feira, 27 de maio de 2010

Feira de Troca Cultural no MAC

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói realizará a Feira de Troca Cultural, no dia 6 de junho, das 10h às 13h.

Pessoas interessadas em trocar livros, CDs, DVDs, brinquedos, figurinhas, selos, moedas, poesias e demais objetos de caráter cultural poderão trazê-los para o pátio do MAC de Niterói e trocá-los por algo de seu interesse. Paralelamente, serão realizadas oficinas de desenho e brinquedos com sucatas para as crianças.



Serviço:

Feira de Troca Cultural – MAC
Data: 06 de junho
Horário: 10h às 13h
ENTRADA FRANCA
Local: Pátio do Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/nº - Icaraí
2620-2400 • Fax: (21) 2620-2481
www.macniteroi.com.br

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ópera de Verdi é a 1ª grande produção do TMRJ após sua reinauguração oficial

Desde 1º de maio funcionando em soft opening, após um ano e meio fechado para a maior reforma de sua história centenária, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, comemora, a partir do dia 29 de maio, a plena reabertura de suas dependências para o público com a montagem da ópera ‘Il Trovatore’, de Verdi. Com direção de Bia Lessa, a grandiosa obra em quatro atos será conduzida pela batuta de Silvio Viegas, à frente da Orquestra Sinfônica e do Coro do Theatro Municipal.





Além da participação integral dos 100 integrantes do Coro, estarão no palco 80 atores, incluindo os solistas convidados: a soprano italiana Chiara Taigi, que interpretará Leonora, revezando-se com a brasileira Laura de Souza; o tenor coreano Alfred Kim e o brasileiro Juremir Vieira, no papel de Manrico; as mezzo soprano russas Anna Smirnova e Oxana Kornievskaya, que se revezarão como Azucena; os barítonos brasileiros Rodrigo Esteves e Manuel Alvarez, no papel do Conde de Luna; a mezzo soprano brasileira Luciana Costa e Silva como Inez; o baixo brasileiro Luiz Ottavio Faria, como Ferrando, e o tenor ucraniano Georgy Gayvoronsky interpretando Ruiz.

“O Theatro Municipal é um ícone de alcance mundial e representa as nossas jóias da coroa, por assim dizer. Sinto muito orgulho e muita emoção por nosso governo ter resgatado o maior palco do Brasil e devolvê-lo à população da forma merecida: lindo, incomparável, eterno”, festeja o Governador Sérgio Cabral. “Somos gratos ao empenho do Governo Federal e das empresas patrocinadoras, que se uniram em torno dessa restauração histórica e formaram conosco uma parceria sem precedentes em prol da cultura fluminense”.

“O Theatro Municipal é um pilar da cultura brasileira, e poder celebrar sua importância com uma reforma que o devolve a seu viço original é uma forma de homenagear o trabalho de todos os artistas que trabalharam ou trabalharão no teatro, e de presentear o público do Rio de Janeiro”, celebra a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes. “Além disso, reaberto, o teatro oferecerá uma programação de primeira, que será constantemente atualizada, pois é importante que, depois de uma grandiosa obra de restauro e modernização, o Governo do Rio de Janeiro faça esta sinalização clara de que o conteúdo do Theatro Municipal – a forma como ele cumprirá, daqui em diante, sua missão de levar a excelência da arte erudita ao público mais amplo possível – é tão importante quanto seu majestoso edifício, que estamos entregando novo”, conclui.

“A partir do dia 29, devolveremos integralmente o Theatro Municipal à cidade do Rio de Janeiro com um grande espetáculo”, celebra a presidente da Fundação TMRJ, Carla Camurati. “Este é o resultado do somatório de esforços não apenas no âmbito governamental mas também por parte dos patronos do TMRJ – BNDES, Eletrobrás, Rede Globo, Petrobras, Embratel e Vale – que ajudaram a viabilizar tanto a reforma quanto a programação da casa”.

A história

Baseada no romance El Trobador, de Antonio Garcia Gutierrez, ‘Il Trovatore’ estreou no Teatro Apollo de Roma em 1853, com música de Giuseppe Verdi e libreto de Salvatore Cammarano. Ao lado de Rigoletto e La Traviata, forma a ‘trilogia verdiana’, suas óperas mais populares. Passada na Espanha do século XV, a história começa com a morte de uma cigana, queimada na fogueira, por ter sido acusada de enfeitiçar um dos filhos do Conde de Luna. Azucena desespera-se com a morte da mãe e para vingá-la rapta o filho mais novo do Conde, planejando matá-lo. Perturbada pelos fatos, joga, no entanto, seu próprio filho na fogueira por engano e decide então criar o filho do Conde como se fosse seu, dando-lhe o nome de Manrico (o Trovador). Daí em diante, segue-se uma história marcada pela intolerância em que vem à tona a rivalidade entre dois irmãos criados em mundos distintos, amores impossíveis e coincidências trágicas.

A montagem

Bia Lessa, que dirige sua quinta ópera – depois de ‘Suor Angelica’, ‘Don Giovanni’, ‘Pagliacci’ e ‘Cavalleria Rusticana’ – procurou destacar nesta montagem a emoção da história e o choque entre dois mundos antagônicos: “O que faz desta uma ópera atual é o seu grande apelo emocional, uma história que enche o coração. Não é fria, é italiana, popular”, entusiasma-se. “E mais do que uma história de vingança, é o embate entre dois pontos de vista: dos nobres e dos ciganos. Não quero mostrar a Azucena, por exemplo, como uma mulher má, mas sim a paixão que a move para defender sua família e seu povo. O enredo nos mostra como até hoje não conseguimos conviver com as diferenças”, resume.

A concepção cênica, que inclui recursos como projeções, objetos suspensos e alpinismo, procura reforçar o antagonismo entre as duas realidades: “Em primeiro lugar, fiz questão de manter oito cenários, como na versão original, ao contrário de algumas montagens que simplificam isso”, esclarece a diretora. E a forma como o espaço cênico será ocupado, tanto pelos cenários como pelo elenco, busca também distinguir um mundo do outro: “O primeiro, da nobreza, que inclui jardins em forma de labirinto, será disposto verticalmente. O dos ciganos, por outro lado, é horizontal e explora a profundidade do palco”.

Bia Lessa deu ainda especial atenção às legendas, que serão maiores do que o costume e projetadas em diferentes partes do cenário: “Quero que o libreto tenha tanta importância quanto a cena. É um texto muito bonito”. E finaliza: “Vejo a ópera como o que mais perto se aproxima de uma obra total e esta é particularmente uma que me encanta: tem apelo visual, vozes lindas, belos figurinos, música belíssima. Um trabalho extremamente prazeroso de realizar”.

O figurino assinado por Kalma Murtinho traz detalhes como grandes golas e contrastes de cores sem, no entanto, remeter a uma época específica: “A ideia principal foi sublinhar a personalidade de cada personagem e de seu povo”, resume.

A música

Composta no início dos anos 1850, a música de ‘Il Trovatore’ reflete um período fértil da produção de Verdi, que compôs em pouco mais de três anos suas três óperas mais conhecidas. Para o maestro Silvio Viegas, esta obra representa um grande desafio: “Cada personagem tem características musicais e dramáticas muito diferentes, costurando um enredo rebuscado e denso que transforma estas diferenças na grande unidade artística da obra”, define. “A música de Verdi é quase um milagre. Suas melodias são diretas, mas não vulgares, as situações são teatrais, sem serem melodramáticas, e em função de tudo isso, fica fácil entender porque esta é uma das mais amadas óperas de todos os tempos”, arremata.

Os intérpretes

Chiara Taigi, soprano (Leonora)

Nascida em Roma, Chiara fez sua estreia em 1992, no Teatro Giuseppe Verde, em Treviso, com ‘Il turco in Italia’, de Rossini, após vencer os concursos ‘Agostino Lazzari’, ‘Toti dal Monte’ e ‘Angelica Catalani’. Em seu repertório operístico incluem-se obras como ‘Rigoletto’, ‘La Boheme’, ‘Gianni Schicchi’, ‘Carmen’, ‘Otello’, ‘Simon Boccanegra’, ‘Suor Angelica’, entre outras, sob a regência de maestros do porte de Riccardo Muti, Claudio Abbado, Zubin Mehta, Sir John Elliott Gardiner e Marco Guidarini.

Laura de Souza, soprano (Leonora)

Formada em piano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, estudou canto, a partir de 1983, na Escola Superior de Música de Hamburgo, seguindo depois para Paris, Milão e Munique, onde se aperfeiçoou. É a única brasileira a vencer os Concursos Internacionais de Canto de Cagliari, na Itália (1988), e Rio de Janeiro, em 1991, entre outros. Sua carreira internacional começou com o Berliner Kantatenensemble, na Filarmonia de Berlim, e na Sala Giuseppe Verdi do Conservatório de Música de Milão, como solista da Orquestra da RAI.

Alfred Kim, tenor (Manrico)

Depois de estudar em Seul, Frankfurt e Karslruhe, o tenor coreano venceu, em 1997, o Concurso Internacional de Canto Belvedere, em Viena; o Concurso ARD de Música, em Munique, no ano seguinte, e ainda recebeu um prêmio especial no Concurso Plácido Domingo, em Paris, em 2002. Atualmente na Ensemble da Oper Frankfurt, Kim tem em seu repertório papéis como os de Ismaele, em ‘Nabucco’; Gabriele Adorno em ‘Simon Boccanegra’; Rodolfo, em ‘La Boheme’; Don José, em ‘Carmen’; Alfredo, em ‘La Traviata’; Duca, em ‘Rigoletto’, entre outros, tendo se apresentado em alguns dos mais prestigiosos teatros do mundo, incluindo a Royal Opera House Garden, Vienna State Opera e Gran Teatre del Liceu, em Barcelona, além de performances em Turim, Santiago do Chile, Seul, Avignon, Berlim, para citar algumas cidades.

Juremir Vieira, tenor (Manrico)

Gaúcho de Porto Alegre, o tenor Juremir Vieira fez sua estreia em 1989, no ‘Rigoletto’, de Verdi. Nos anos seguintes, canta os primeiros papéis de ‘Matrimonio Segreto’, de ‘Cimarosa, Cose Fan Tutte’, de Mozart, e ‘La Boheme’, de Puccini. Em 1992, ganha o Concurso Jovens Solistas, em Porto Alegre, e o I Prêmio Nacional Carlos Gomes de Canto, no Rio. Apresentou-se com a OSESP, regida por Eleazar de Carvalho, no Memorial da América Latina. Em 1995, ganha o 5th Luciano Pavarotti International Voice Competition, na Philadelphia’s Academy of Music, cantando, como parte do prêmio, o papel de Edgardo em ‘Lucia de Lammermoor’, de Donizetti, e Cavaradossi, na ‘Tosca’, de Puccini. A partir de 1996, já contratado pelo Stadttheatre St. Gallen, na Suíça, interpreta papéis importantes como Faust, de Gounod, Attila, La Traviata, Don Carlo e Rigoletto, de Verdi; Carmen, de Bizet; Werther, de Massenet; ‘Gianni Schicchi’, de Puccini, e ‘Madame Butterfly’, também de Puccini, em Dublin, com grande sucesso de público e crítica.

Anna Smirnova, mezzo soprano (Azucena)

Nascida numa família de músicos, a mezzo soprano estudou no Conservatório de Música Tchaikovsky, em Moscou, entre 2000 e 2002. De lá para cá, acumula em seu repertório papéis como Amneris, em ‘Aida’; Eboli, em ‘Don Carlo’; Olga, em ‘Eugene Onegin’; Elisabetta, em ‘Mary Stuart’, e Azucena, em ‘Il Trovatore’, entre outros. Em 2007, sob a regência de Lorin Maazel, interpretou a Missa de Réquiem, de Verdi, em turnê pela América do Sul e Europa. Com o maestro Daniel Baremboim, apresentou-se em ‘Aida’, em turnê com o La Scala de Milão pelo Japão, em setembro do ano passado.

Oxana Kornievskaya, mezzo soprano (Azucena)

Natural de Vladivostok, no extremo oriente russo, a mezzo soprano Oxana Kornievskaya se formou em canto no ano de 1995. Antes disso, ganhou o 2º prêmio no concurso New Names, em 1992. Seis anos depois, recebeu um prêmio especial pela melhor performance em obras de Mussorgsky, no 9th International Tchaikovsky Competition. Em 2001, ganhou o premio Recognition no International Umberto Giordano Competition of Vocalists, em Foggia, Itália. Em seu repertório constam papéis como Carmen, na ópera homônima de Bizet, Amneris, em ‘Aida’, e Maddalena, em ‘Rigoletto’, ambos de Verdi, e Lucia, na ‘Cavalleria Rusticana’,de Mascagni. Já se apresentou na Rússia, Alemanha, França, África do Sul, Macedônia, entre outros países. Em Tóquio e Kobe, no Japão, interpretou a Missa em Si menor, de Bach, e a Missa em Ré Maior, de Mozart.

Rodrigo Esteves, barítono (Conde de Luna)

Atualmente morando na Espanha, o barítono brasileiro Rodrigo Esteves fez seu debut em 1998, como Shaunard, em La Boheme, no Teatro de la Zarzuela de Madri. No ano seguinte, assumiu o papel de Alfonso XI em La Favorita, em Pamplona, Espanha. Em 2002, interpretou Mercutio, em ‘Romeu e Julieta’, na Espanha, ao lado de Ainhoa Arteta (Julieta) e Fernando de la Mora (Romeu). Seguiram-se Dandini, em ‘La Cenerentola’, no VII Festival de Ópera do Amazonas, e ‘Carmina Burana’, em Madri. Na Itália, fez Germont (‘La Traviata’) e Almaviva (Le Nozze di Figaro), em Spoleto. Outros papéis de seu repertório são Marquês de Posa (‘Don Carlos’), Marcello (‘La Boheme’), Valentin (‘Fausto’), Ford (‘Falstaff’), Macbeth (‘Macbeth’). Se apresentou ainda no Japão, México, Argentina e Brasil.

Manuel Alvarez, barítono (Conde de Luna)

O barítono Manuel Alvarez iniciou sua carreira em 1999 no Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Neste ano, foi solista na ópera ‘Lo Schiavo’, de Carlos Gomes, interpretando Iberê, em turnê brasileira. No TMRJ, fez Gonzáles (‘Il Guarany’), Paolo (‘Simon Boccanegra’), Germon (‘La Traviata’), Sharpless (‘Madame Butterfly’), Orador (‘A flauta mágica’), Belcore (‘Elixir do amor’) e Macbeth (‘Macbeth’). Interpretou ainda Ford (‘Falstaff’), Baron (‘Olga’) e Emílio (‘Chapéu de palha’), no Teatro Municipal de São Paulo, e Gianni (‘Gianni Schicchi’), e ‘Werter’, no Teatro Amazonas. No Palácio das Artes, em Belo Horizonte, fez Amonasro (‘Aida’), Zurga (‘O pescador de pérolas’) e Ford (‘Falstaff’). Na Argentina, participou da ópera de Verdi ‘Jerusalem’, como Roger, no Teatro Roma, e de ‘Carmen’, como Escamillo, no Estádio Luna Park, em Buenos Aires.

Luciana Costa e Silva, mezzo soprano (Inez)

Graduada em canto pela Universidade do Rio de Janeiro, fez pós-graduação na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, com o título de Mestrado em Performance. Estudou ópera na Royal Scottish Academy of Music and Drama, em Glasgow, e ainda fez curso na Nexus Opera, em Londres, e na Alemanha, com Michael Rhodes. Venceu os concursos de canto Amália Conde (2º lugar geral e prêmio de música espanhola), no Rio de Janeiro; Academia Vocalis Tirolensis (1º prêmio geral), em Wörgl, Áustria; e The Margret Dick Award (2º prêmio geral), em Glasgow.

Luiz Ottavio Faria, baixo (Ferrando)

Formado em canto pela Juilliard School of Music, em Nova York, o baixo carioca Luiz Ottavio Faria estudou também Escola de Música Villa-Lobos, no Conservatório Brasileiro de Música, na Universidade do Rio de Janeiro e no American Institute of Music Studies, na Áustria. Recebeu prêmios no XXI Concurso Carmen Gomes, em 1987, no Die Meistersingers – AIMS, na Áustria (1994), no Lola Hayes Vocal Competition (1996), e The William Mathews Sullivan Foundation Award (1997). Luiz-Ottavio fez sua estréia mundial no papel de Tommaso na ópera ‘Un Ballo in Maschera’, ao lado do lendário tenor Carlo Bergonzi e do barítono brasileiro Fernando Teixeira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Municipal de São Paulo. Entre os papéis que interpretou com sucesso nos palcos do Brasil e do exterior, estão Commendatore em ‘Don Giovanni’, Ramfis em ‘Aida’, Sarastro em ‘Die Zauberflöte’, Colline em ‘La Bohème’, Zaccaria em ‘Nabucco’ e Timur em ‘Turandot’. Sob a regência da maestrina Eve Queler, cantou no Carnegie Hall de Nova York papéis como Marcel em ‘Les Huguenots’, Silva em ‘Ernani’ e Alvise em ‘La Gioconda’. Cantou o Réquiem de Verdi em Québec, Nova York, Cidade do México e Guanaruato, México. Também em Nova York, interpretou a 9ª Sinfonia de Beethoven. Obras como Réquiem de Mozart, The Kingdon de Elgar, Magnificat de Bach e Stabat Mater de Rossini integram seu repertório sinfônico.

Georgy Gayvoronsky, tenor (Ruiz)

O tenor ucraniano graduou-se em 2005 Gnesin Academy of Music, na Rússia, e desde o ano seguinte foi solista da Helikon Opera Company, em papéis como Vladimir Lensky (‘Eugene Onegin’), Lykov (‘Noiva do Czar’) e Alfredo (‘La Traviata’). Sua estreia no Teatro Bolshoi foi em 2007, como Simpleton, em ‘Boris Godunov’.Participou de diversos festivais na França, África do Sul, Alemanha, República Tcheca, Rússia e Macedônia. No Japão, participou das apresentações da Nona de Beethoven e Missa em Dó Maior, de Mozart. Em seu repertório estão papéis como Fausto (‘Fausto’), Duke (‘Rigoletto’), Manrico (‘Il Trovatore’), Jose (‘Carmen’), Conde Almaviva (‘O barbeiro de Sevilha’), Rodolfo (‘La Boheme’), entre outros.



Serviço


Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal
Programa: ‘Il Trovatore’
Música: Giuseppe Verdi
Direção e cenografia: Bia Lessa
Iluminação: Pedro Farkas
Figurinos: Kalma Murtinho
Objetos de cena: Zemog
Coreografia: Esther Weitzman
Projeções: Grima Grimaldi
Programação visual: Cubículo
Regência da Orquestra e Coro do TMRJ: Silvio Viegas

Dias 29 e 31 de maio; 1, 3, 4 e 5 de junho às 20h
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano, s/nº - Centro

Apresentando:

Dias 29/05, 01/06 e 04/06
Chiara Taigi, soprano - Leonora
Alfred Kim, tenor – Manrico
Anna Smirnova, mezzo soprano - Azucena
Rodrigo Esteves, barítono – Conde di Luna
Luciana Costa e Silva, mezzo soprano - Inez
Luiz Ottavio Faria, baixo – Ferrando
Georgy Gayvoronsky, tenor - Ruiz

Dias 31/05, 03/06 e 05/06
Laura de Souza, soprano - Leonora
Juremir Vieira, tenor - Manrico
Oxana Kornievskaya, mezzo soprano - Azucena
Manuel Alvarez, barítono - Conde di Luna
Luciana Costa e Silva, mezzo soprano - Inez
Luiz Ottavio Faria, baixo – Ferrando
Georgy Gayvoronsky, tenor - Ruiz

Preços:

Platéia e balcão nobre – R$ 84,00
Balcão superior – R$ 60,00
Galeria – R$ 25,00
Frisas e camarotes (5) – R$ 84,00 (por assento)

Desconto de 50% para estudantes e idosos
Classificação etária: Livre
Duração: 180 minutos (dois intervalos)

Informações: (21) 2332-9191 / 2332-9005
Ticketronic: 21 3344-5500 ou site www.ticketronic.com.br

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Surge “O Monstro da Lagoa Rodrigo de Freitas”

Livro aborda história urbana através do terreno insólito do extraordinário

O autor deste livro do qual falaremos agora, Gilberto Loureiro, criou contos tipicamente cariocas neste seu novo livro – "O Monstro da Lagoa Rodrigo de Freitas", obra que pertence à linha do extraordinário – como explica o prefácio assinado por João Antônio.
E a cada nova leitura desses contos se poderá chegar a outras interpretações. o fantástico é o universo do autor, que localiza no Rio de Janeiro urbano a maioria de seus contos. A Lapa carioca e seus bares, botequins, hotelecos, sinucas, o carisma de uma boêmia ainda hoje resistente, apesar do computador, dos assaltos, da Aids, ou a ralé do centro da cidade ou os ambientes da chamada classe média mais abonada, a Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo.



Imprimindo estilo cinematográfico – o qual não era de se esperar ao contrário, já que fazem parte de sua história participações como roteirista de clássicos do cinema nacional, como “Os Sete Gatinhos” – Gilberto apresenta o elemento sedutor, fundamental ao conto: a fabulação das histórias é rica e movimentada e os cortes do tal estilo cinematográfico funcionam, tonificam o fluxo das tramas. Todo esse aparente absurdo torna se normal. Porque, em síntese, esses contos de Gilberto Loureiro são para ser lidos e não, exatamente, para que alguém teorize sobre eles. "O Monstro da Lagoa Rodrigo de Freitas" resulta num todo tecido com harmonia e há uma coerência na ordem de entrada dos contos. São histórias para o prazer da leitura, em primeiro lugar. Depois, se prestam à especulação sem limite e tão diversificada da interpretação – completou João Antonio.
“Os jornais noticiaram o ocorrido com manchetes variadas, tais como: “MAIS UMA VÍTIMA NA LAGOA”, “CRIMES DO PEDALINHO CONTINUAM”, “POLICIAL ESQUARTEJADO NA ZONA SUL”, etc. Um dos periódicos mais sensacionalistas publicou na primeira página em letras garrafais: “MORRE A TERCEIRA VÍTIMA DO MONSTRO”. Seguiam-se especulações e hipóteses mirabolantes. Em dado momento, o articulista chega a fazer comparações com o monstro de Lock-Ness. Em outro, aventa a possibilidade de um tubarão estar vivendo nas águas da lagoa. Cita ainda a hipótese de uma articulação política com intuito de desmoralizar o prefeito, o governador, e muitas outras baboseiras. A polícia, completamente desnorteada, intensificou as buscas, utilizando várias embarcações e mergulhadores. Os passeios de pedalinho foram proibidos. Assim com esquiadores, remadores e pescadores. Helicópteros passaram a sobrevoar o local, incessantemente, na busca de uma solução para os acontecimentos. Todas as providências resultaram infrutíferas. Nada de concreto foi descoberto ou encontrado, nenhum monstro ou animal predatório avistado. Nada.” – diz o texto de Gilberto Loureiro. Brasileiro, carioca, morador de Copacabana, autor e roteirista de cinema, teatro e televisão.
Como diretor de cinema, realizou o filme de longa metragem “Noite”, ganhador de vários prêmios em festivais brasileiros e que também representou o Brasil no festival de Berlin, além de vários curtas também premiados. Como roteirista de cinema adaptou textos como: A Estrela Sobe, de Marques Rebelo; Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues, Barrela, de Plínio Marcos; Noite, de Érico Veríssimo e vários outros.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Olhar Flanador na Sala José Cândido de Carvalho

O fotógrafo Otto Vay inaugura mais uma exposição individual no dia 25 de maio, às 19 horas, na Sala José Cândido de Carvalho. Para esta mostra, o carioca radicado em Niterói, selecionou 16 quadros de fotografias coloridas nos tamanhos 60 x 60 cm e 45 x 30 cm. No intuito de mostrar a vasta gama de pesquisas realizadas nos últimos dois anos, que vão de macrofotografias a paisagens, o artista faz uma exposição sem tema único e cujo título, "Olhar Flanador", resume o exercício de andar observando diversas cenas que nos cercam no cotidiano. As cores fortes captadas em suas fotografias retratam o otimismo de Otto diante das perspectivas, depois de mais de 20 anos de carreira nos quais produziu para clientes ou para seu bel-prazer, agora que finalmente optou por levar a público seu trabalho através de exposições.



“Procuro intervir na vida das pessoas. Sem discursos. Sem ser invasivo. Sem causar mal-estar. Apenas dividindo o que meu coração enxerga através do olhar pelas objetivas de minha câmera. Em silêncio. Escrevendo com a luz. Foto-grafando.
Mais do que poder registrar e aprisionar cenas de paisagens e pessoas à minha volta, pretendo com minha fotografia cutucar quem a mira. Em certos momentos criando a dúvida sobre o que é, de fato, o objeto retratado. Noutros tentando fazer sentimentos aflorarem no coração de quem a tem em mãos. Assim, uma pétala cheia de viço e ainda molhada pelo orvalho da manhã pode se tornar figura abstrata; ou uma flor já sem vida pode ser modelo digna das luzes do flash; as estruturas de um prédio em obra podem se transformar em mosaico. Tudo é real, esteve lá no momento do click. Mas pode tomar outras feições, despertar sentimentos diversos daquele que rotineiramente seriam percebidos por quem deparasse com aquelas cenas” explica Otto.

Exposições e premiação
1992 - 3º lugar na Primeira Mostra de fotografia da FACHA
1998 - Diversas fotografias publicadas no site Cott@ge Cybercafe
2003 - Fotos publicadas no site do arquiteto Roberto Ungerer
2009 - Fotos para DVD do Instituto Takemusso - SP
2010 - Exposição individual "Capoeira e Fotografia Kunta Kinte", no Hotel Castelinho 38 (Santa Teresa, Rio de Janeiro) - Associação Cultural Kunta Kinte.


Serviço:

Exposição “Olhar Flanador”- Sala José Cândido de Carvalho
Abertura: 25 de maio, às 19h
Visitação: 26 de maio a 21 de junho
Horário: Segunda a sexta-feira (das 9 às 17h)
Gratuito
Local: Sala José Cândido de Carvalho
Endereço: Rua Presidente Pedreira, 98 – Ingá
2621-5050

quinta-feira, 6 de maio de 2010

MUSEU DE ARTE BRASILEIRA DA FAAP APRESENTA A EXPOSIÇÃO "VISITA DA FAMÍLIA REAL BELGA AO BRASIL - 1920"

O Museu de Arte Brasileira da FAAP apresenta, de 18 de maio a 18 de julho, a exposição "Visita da Família Real Belga ao Brasil - 1920". A mostra reúne fotografias e documentos da visita feita pelo rei Alberto, rainha Elisabeth e príncipe Leopoldo, em 1920, ao Rio de Janeiro, Teresópolis, Petrópolis, Belo Horizonte, Ouro Preto, São Paulo, Ribeirão Preto e Santos, pertencentes a coleções brasileiras e belgas.

Em maio de 1919, o futuro presidente da República Epitácio Pessoa, enviado brasileiro à Conferência de Paz de Versalhes, visitou a Bélgica e convidou o rei Alberto I para visitar o Brasil.

Em razão ao apoio e solidariedade dados pelo Brasil desde o princípio da I Guerra Mundial à Bélgica, o rei Alberto I e a rainha Elisabeth receberam com simpatia o oferecimento.

Um ano mais tarde diplomatas retomaram as tramitações e decidiram pela viagem dos soberanos para setembro, uma vez que a proposta era de interesse para estreitamento de laços comerciais e culturais entre os dois países, momento em que e a reconstrução da Bélgica pós-guerra era a prioridade para o rei Alberto. O governo brasileiro determinou que a travessia seria feita no couraçado São Paulo da Marinha de Guerra Brasileira, reformado para garantir o conforto que a ocasião exigia.

O embarque aconteceu no porto de Zeebrugge, Bélgica, em 1º de setembro de 1920, e a chegada ao Rio de Janeiro, no dia 19 de setembro. O casal e sua comitiva lá permaneceram até o dia 28 de setembro, quando partiram para o interior do Estado, Minas Gerais e São Paulo. Retornaram à Europa no dia 16 de outubro, acompanhados do príncipe Leopoldo, que encontrou os pais no Rio.

Além de ser o primeiro rei a visitar o Brasil, Alberto I desfrutava de grande prestígio, sendo conhecido como "Rei Herói" e "Rei Soldado", por ter permanecido na frente de batalha em companhia de seus soldados, defendendo parte do território belga durante a ocupação alemã na I Guerra Mundial. A rainha Elisabeth desempenhou as funções de enfermeira da Cruz Vermelha durante o período.

Os preparativos da cidade do Rio de Janeiro para receber o rei Alberto I foram intensos de maneira a apresentar aos monarcas uma cidade moderna. A imprensa da época cobriu tanto os preparativos quanto a extensa programação, que incluía recepções oficiais, festas populares, passeios a pontos turísticos, visitas a instituições culturais e científicas, eventos sociais e esportivos. Na ocasião, os passos da família real foram filmados e apresentados nos cinemas de diversas cidades brasileiras. Muitos debates surgiram em torno de questões relacionadas às homenagens prestadas a um monarca por republicanos e em relação às imagem do Brasil que seria apresentada ao rei.

O grande entusiasmo com que o rei Alberto e a rainha Elisabeth foram recebidos deveu-se ao fato de serem considerados monarcas modernos e muito terem mobilizado o imaginário de sua época deixando marcas na cultura popular.

Essa visita influenciou a moda, a música e a gastronomia do país, tanto que muitas cidades brasileiras lhes rendem homenagens, dando seus nomes a ruas e praças.
Serão apresentadas 54 reproduções fotográficas feitas a partir de originais conservados em coleções brasileiras e principalmente nos arquivos do Palácio Real de Bruxelas. Várias dessas fotografias são de autoria da própria rainha Elisabeth.
Serão também apresentadas as 350 imagens das 350 páginas ilustradas com vistas do Brasil, poemas, retratos, reproduções de obras de arte e dedicatórias, que o governo brasileiro ofereceu como recordação ao rei de sua visita ao Brasil.

Exposição: Visita da família real belga ao Brasil - 1920
Início: 18 de maio de 2010
Encerramento: 18 de julho de 2010
Horário: de 3 a. a 6a feiras das 10 às 20 horas.
Sábados, domingos e feriados: das 13 às 17 horas
Local: Museu de Arte Brasileira - FAAP
Endereço: Rua Alagoas, 903, Higienópolis
CEP 012903 - 902 São Paulo, SP - Tel: 11 3662-7198

Testemunhas do fim de uma Era

  Estamos assistindo ao fim de uma geração que não tem substitutos à altura Vi um comentário do jornalista e crítico Mauro Ferreira (G1) ...