terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Humaitá Pra Peixe agora no Circo Voador e com talentos da MPB


O Festival de música mais esperado do Rio de Janeiro chega a sua 16ª edição reformulado. O Humaitá Pra Peixe 2010 acontece entre os dias 22 e 24 de janeiro, de sexta a domingo, no Circo Voador e, desta vez, vai receber 10 artistas entre novos, independentes e àqueles que ainda estão se firmando na cena nacional.



O namoro entre HPP e Circo Voador já acontece faz tempo. O Festival já teve um encerramento na lona da Lapa mas, pela primeira vez, vai rolar lá por inteiro. E como peixe também voa, o produtor e idealizador do projeto, Bruno Levinson, decidiu que este ano vai ser diferente. Esta edição do Festival não será a única no ano. Estão nos planos para o segundo semestre, mais uma edição, bem ampliada. O foco não serão apenas os shows, mas sim todas as atividades que fazem parte da cadeia produtiva da música. A palavra é “diversidade”, como todo HPP sempre foi. “O HPP sempre se caracterizou pelos shows, debates, palestras, workshops e por suas atividades na web. Agora com todas as novas possibilidades tecnológicas o Festival também tem que se repensar, evoluir, e é neste processo que estamos agora. Até por que, depois de 16 anos, também tenho que criar novos desafios para mim mesmo”, diz Levinson.

A programação, como é característica, está bem variada. O Humaitá Pra Peixe receberá artistas como a cantora paulistana Maria Gadú, que acaba de lançar seu primeiro e bem sucedido álbum. De São Paulo também vem Ana Cañas, talentosa cantora que busca se firmar entre os bons nomes da nova safra da MPB. O Rio de Janeiro será representado pela banda Tono, do guitarrista Bem Gil (filho de Gilberto Gil), pelo cantor Márcio Local, por Lia Sabugosa, por Jonas Sá e Rubinho Jacobina fazendo um show juntos, pelo curioso trabalho que junta o DJ Sanny Pitbul com o grupo de choro Tira Poeira e pela banda de hip hop Dughettu. De Alagoas vem o cantor e compositor Wado (ex Fino Coletivo). Ainda do nordeste brasileiro, a banda pernambucana Seu Chico e o virtuoso pianista Victor Araújo.

Em dezesseis anos já passaram pelas redes desta pescaria Marcelo D2, Seu Jorge, Mart’nália, Roberta Sá, Pedro Luis, Marcelinho Da Lua, Diogo Nogueira, Moska, Strike, Fresno e muitos outros.

O Humaitá Pra Peixe prova que não existe crise de talentos e, a cada ano, surgem mais possibilidades na música. Este ano, quem apóia o HPP é o Matte Leão. A empresa que é a cara do verão carioca está apostando em novos talentos e decidiu entrar nesta pescaria de cabeça.


CONFIRA


Dia 22 de janeiro (sexta): Tono l Jonas Sá & Rubinho Jacobina l Maria Gadú

Sobre TONO: O grupo formado por Rafael Rocha (voz e bateria), Bem Gil (guitarra e voz), Bruno Di Lullo (baixo e voz), Ana Cláudia Lomelino (voz e metalofone) e Leandro Floresta (flauta, violão e voz) investe numa camada sonora formada pelo “power trio” vigoroso (baixo, bateria e guitarra), somado a doçura presente nas vozes, metalofone e flauta. De perfis multifacetados, os músicos por vezes trocam de instrumentos, misturam cores e sons em arranjos coesos. As canções da banda prezam pelo amor, pelo prazer, pela alegria de viver, evocando as vezes um clima de suave romantismo e as vezes também certa agressividade da juventude. Tono canta encontros e desencontros, conquistas e reconquistas, e mesmo algumas desventuras amorosas, sem permitir amargura ou rancor. É um clima sedutor que emerge em rocks carnavalescos e bossas misturadas com fanfarra. Ao vivo, o repertório tem dimensão de canção e de “jam band”. O primeiro disco independente "Tono auge", declara o estado desse encontro que é um trabalho em processo e foi lançado assim mesmo.

Sobre JONAS SÁ e RUBINHO JACOBINA: A relação entre os dois é longa. Jonas é o irmão mais novo de Pedro Sá, guitarrista da Orquestra Imperial. A big band carioca também tem Rubinho entre seus integrantes. Jonas, ainda um adolescente se encantando com o incrível mundo das canções, tinha Rubinho como uma de suas mais importantes influências musicais próximas. “Como podia compor tão bonito e tão fácil”?, indagou-se muitas vezes. Depois de inúmeros encontros informais em estúdio e nos palcos da vida, os dois estreiam agora show juntos, recheado de arranjos inventivos e um clima de “bailão” ainda mais dançante do que as apresentações solo já conhecidas pelo público. O repertório mistura canções de seus discos, com músicas inéditas dos dois e covers surpresas. O baterista Raphael Miranda (Brasov, Sayowa), o guitarrista Gabriel Bubu (Do Amor, Los Hermanos) o baixista Ricardo Dias Gomes (Do Amor e a banda Cê de Caetano Veloso) e o naipe de trombone e trompete (respectivamente Marlon Sette e Leandro Joaquim – ambos do Paraphernalia) os acompanham.

Sobre MARIA GADÚ: Uma das mais talentosas cantoras reveladas nos últimos anos, a paulistana radicada no Rio de Janeiro lançou seu álbum de estreia no início de 2009 e conquistou o país com sua bela voz. Com apenas 23 anos de idade, Maria toca violão e compõe como gente grande! Produzido por Rodrigo Vidal, o CD contou com um time de músicos de primeira: Stephan SanJuan, Dadi, Cesinha, Arthur Maia, Fernando Caneca, Nicolas Krassik, Nando Duarte, Felipe Pinaud, Alexandre Prol e Marcelo Costa são alguns dos nomes que ajudaram a ”colorir“ a voz e o violão de Gadú. No repertório, músicas que já se tornaram hits em inúmeras rádios do Brasil: as releituras precisas de ‘A história de Lily Braun’ (Chico Buarque e Edu Lobo), ‘Baba Baby’ (Kelly Key) e ‘Ne me Quitte Pas’ (Jacques Brel), além das autorais ‘Shimbalaiê’, ‘Escudos’ e ‘Bela Flor’ também estão garantidas no set list do show.

Testemunhas do fim de uma Era

  Estamos assistindo ao fim de uma geração que não tem substitutos à altura Vi um comentário do jornalista e crítico Mauro Ferreira (G1) ...