quarta-feira, 9 de maio de 2018

Teatro da UFF recebe a lendária banda Azymuth


Na próxima quinta-feira (10) a banda Azymuth, uma das mais influentes do Brasil,  toca no palco do Teatro da UFF, em Icaraí.

Azymuth tem em sua discografia mais de 30 álbuns que consolidam uma carreira que se estende por mais de 45 anos. Combinando soul, funk e jazz com samba, a banda é responsável por criar um som e um estilo próprios ao qual deram o nome de 'Samba Doido'.

Tanto no palco principal do Montreux Jazz Festival como no North Sea Jazz Festival, fazendo um groove no Blue Note em Nova York, Tóquio ou Milão, no Ronnie Scott’s em Londres ou no Vienna’s intimate Birdland Club, o Azymuth impressionou e ainda impressiona o público com sua sonoridade única.

Sua história teve início nos anos 1960, no Rio de Janeiro. A cena da Bossa Nova e do jazz estava emergindo. O Rio era o melhor destino para as celebridades do mundo. Copacabana era o centro da criatividade. Morando no mesmo bloco de apartamentos e enquanto tocavam como músicos em bares, José Roberto Bertrami, Ivan Conti e Alex Malheiros decidiram começar a gravar juntos com o nome de Projeto 3.


Origem do nome Azymuth,  sucesso em trilhas de novela e reconhecimento internacional como uma das maiores bandas de jazz

No início dos anos 1970, antes deles realmente causarem rebuliço no meio musical, Marcos Valle convidou o trio para gravar o LP da trilha sonora que homenageava o grande piloto de Fórmula 1 brasileiro, Emerson Fittipaldi (O fabuloso Fittipaldi). Após o sucesso da trilha no Brasil, eles perguntaram ao Marcos Valle se poderiam usar o nome de uma das faixas (Azimuti) do disco, como o nome da nova banda. Daí a origem do nome.

A primeira gravação do grupo Azymuth foi um compacto de quatro faixas pela gravadora Polydor, que passou a ser usado em uma novela de sucesso. A venda dos discos acompanhou o sucesso e a enorme popularidade da telenovela. A partir de então, seguiram para a gravação do primeiro LP do trio, lançado pela Som Livre, que incluía o sucesso Linha do horizonte (usada também em outra novela de grande sucesso). Este LP contou com outros clássicos como Manhã (um standard na cena dos clubes de Londres) e Faça de conta. O som único do Azymuth então nascia e marcava presença.

O segundo álbum, Águia não come mosca foi um sucesso ainda maior. Lançado também nos EUA e no Japão pela Atlantic Records, este álbum alçou o Azymuth à cena internacional e resultou na assinatura de um contrato do grupo com o selo norte americano Milestone Records,  pegando os músicos de surpresa, que pensavam estar fazendo uma simples  MPB com um toque de jazz.

Mas era mais que isso, pois o primeiro lançamento pela Milestone Records, em 1979, se tornou um dos LPs mais vendidos da gravadora. O disco apresentava o hit internacional Jazz Carnival. A gravadora lançou um single da faixa que vendeu mais de 500.000 cópias internacionalmente e permaneceu no Top 20 britânico durante oito semanas.

O Azymuth gravou uma série de álbuns pela Milestone, se estabelecendo como uma das maiores bandas de jazz do mundo. Eles tocaram nos melhores festivais e lugares ao redor do mundo, tais como Montreux Jazz, Playboy Jazz Festival, Berkeley Festival, Concert by the Sea, Monterrey Jazz Festival,Washington Park, Circus Teather, Palladium London, Quartier Latin, Brazilian Fest Berlin, Athennas, Tijuana Jazz Festival, Free Jazz Festival (Rio e São Paulo), Brahma Extra, e trabalharam com músicos como Emir Deodato, Stevie Wonder, Sarah Vaugham, Joe Pess, Mark Murphy, Ivan Lins, Milton Nascimento, Elis Regina, Gal Costa, Simone, Erasmo Carlos, Airto Moreira e Flora Purim, entre tantos outros.

Em 1995, Joe Davis, produtor executivo da gravadora inglesa Far Out Recordings, foi apresentado ao Azymuth durante a gravação de um projeto no Rio. Pouco tempo depois, Joe convida o grupo para gravar um disco pela gravadora e, em 1996, o disco Carnival é lançado com excelente repercussão e críticas elogiosas. A partir daí, o grupo Azymuth veio ganhando uma nova geração de fãs por todo o mundo, por meio de seus shows enérgicos e de remixes produzidos por alguns dos mais interessantes produtores do mundo (Roni Size, 4 Hero, Jazzanova, Theo Parish, Kenny Dope, para citar alguns), tornando-se uma força importante na cena do jazz underground.

Azymuth se estabeleceu como uma das maiores bandas de Jazz do mundo e o álbum Aurora, que comemorou seus 35 anos de formação, os colocou como "provavelmente, a banda brasileira de maior sucesso no exterior”. Juntos, a original orquestra de três mestres (como é citado no exterior), o Azymuth criou o disco mais atraente desde as gravações do primeiro compacto Azimuti e Light as a feather, recriando aquela sonoridade clássica dos antigos Jazz Carnival, Partido Alto e Dear Limmertz.

Em 2015, depois de relançado o 1° álbum do grupo pela Far Out, a banda fez um tour pela Europa com o tecladista convidado Fernando Moraes. Na volta ao Brasil, convidaram Kiko Continentino, renomado pianista / tecladista para ocupar a vaga deixada por Bertrami e continuar a manter o som e a chama acesa, como o grupo foi e é conhecido no mundo todo. Em 2016, entraram em estúdio para gravação de mais um trabalho e fizeram outra turnê pela Europa e Japão.

Serviço:

MIB apresenta Azymuth

10 de maio de 2018 (quinta), às 20h
Teatro da UFF - Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói
Ingressos - R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia)
Classificação etária: Livre
Duração do espetáculo: 80 minutos

terça-feira, 8 de maio de 2018

Bella Utopia assina com selo Café Forte e lança o CD Dilema do Prisioneiro




Após o sucesso com a releitura de “Machine Messiah” para o álbum Third World Domination: A Tribute to Sepultura a banda Bella Utopia chega às plataformas digitais de todo o mundo com o CD Dilema do Prisioneiro nesta sexta-feira, dia 11 de Maio. O álbum sai pelo selo Café Forte, com distribuição da Sony Music Brasil e edição musical da Warner/Chappell. O grupo de metal aposta no single “Sangrar em Segredo”, cujo clipe será lançado em junho.

A Bella Utopia vem de Goiânia e une vocais guturais a refrões marcantes do rock e do metal. Tem recebido resenhas positivas e elogios da mídia especializada em sites nacionais e internacionais, tendo sido destaque em Portugal. Apesar da violência e impacto tanto de riffs como dos vocais, os músicos desfilam uma série de refrões melódicos sem perder a postura pesada. A fusão de metal com letras em português confirmam o diferencial, além de primar por qualidade e unidade.

Dilema do Prisioneiro reúne doze faixas cortantes e de pura atitude. Violento e impactante sem deixar de ser melódico, o som da Bella Utopia conta com Isabela Eva (vocal), Luis Maldonalle (Guitarra), Julian Stella (Baixo) e Junão Cananéia (bateria), todos músicos gabaritados e com longa experiência na cena rock nacional. A capa do disco é uma ilustração do artista romeno Chioreanu Costin. Já a masterização foi feita pelo experiente Alan Douches, do estúdio West West Side Music, em NY (EUA) – que já fez trabalhos para Sepultura, Yes e Krisiun.


Sobre o Café Forte



Café Forte Musica Digital é uma série de lançamentos nacionais assinada pelo diretor artístico, produtor, escritor e jornalista carioca Leonardo Rivera. O selo tem parcerias estratégicas com a Sony Music, Warner/Chappell e Abramus.

Rivera acumula vinte anos de experiência como talent hunter e label manager do mercado fonográfico brasileiro – tendo passado por empresas como Universal Music e, como jornalista especializado, por revistas como Billboard, Bizz e Backstage.

Café Forte propõe detectar, lançar e divulgar novos nomes de diversos gêneros, do samba ao pop, sempre com um olhar especial para as linguagens atuais. Na época da música digital a boa curadoria volta a ser algo essencial para navegar no meio de tantos fonogramas no modo online. Aí entra o Café Forte, propondo novos artistas.

Sobre a Sony Music Brasil


Atuando no Brasil desde 1950, a Sony Music, braço brasileiro da Sony Music Entertainment, quer criar novas culturas de entretenimento, através de produtos e serviços inovadores. Em 2016, confirmou pelo sétimo ano consecutivo o primeiro lugar no market share brasileiro, fortalecendo o compromisso de ser a companhia número 1 em música e entretenimento no mundo. A Sony Music é responsável pelo repertório de artistas icônicos, como Michael Jackson, David Bowie, Elvis Presley e Jimi Hendrix.

Entre os internacionais estão Beyoncé, Adele, AC/DC, Tony Bennett, Pink Floyd, One Direction, Bob Dylan e Britney Spears. O catálogo nacional conta com artistas renomados como Gilberto Gil, Roberto Carlos, Djavan, Natiruts, Ana Carolina, Padre Fábio de Melo, Zezé de Camargo & Luciano, Fernanda Abreu, Skank e Jota Quest, entre outros. Nos últimos anos, a Sony Music tem investido também no mercado da música gospel e na área de produtos digitais.

Sobre a Warner/Chappell



Warner/Chappell Music, Inc. é uma companhia editora de música americana, e uma divisão da Warner Music Group. A empresa tem as suas raízes a 1811 e da fundação de Chappell & Company, uma editora de música e loja de instrumentos na Bond Street de Londres que, em 1929, começou um período de rápida expansão em Presidente Louis Dreyfus, incluindo a aquisições de M. Witmark & Sons, Remick Music Corporation, Harms Inc., Chappell & Co., Tamerlane Music, entre outros.

A Warner/Chappell foi criada em 1987, quando a Warner Communications comprou Chappell & Co. e é classificado por Music & Copyright, como a terceira maior editora de música do mundo, com um catálogo de mais de um milhão de canções e uma lista de mais de 65 mil compositores. Entre as músicas na biblioteca da empresa estão "Happy Birthday To You" e "Winter Wonderland".

Em 2005, a Warner/Chappell vendeu mais de sua divisão de música impressa, a Warner Bros Publications, a Alfred Publishing, e, em 2006, lançou o Pan European Digital Licensing Initiative (P.E.D.L.). Em 2007, quando o grupo Radiohead lançou In Rainbows através de seu website em um modelo de pay-what-you-wish, a Warner/Chappell criou uma simplificada, o processo de licenciamento one-of-a-kind para as músicas do álbum que permitiu os direitos usuários de todo o mundo para assegurar o uso da música em um único local.

Em 2007, a empresa adquiriu Non-Stop Music. Além disso, em 2010, adquiriu também a 615 Music, uma empresa de produção musical sediada em Nashville e, em 2011, adquiriu Southside Independent Music Publishing e seu catálogo de compositores de sucesso, incluindo Bruno Mars, Brown Brody e Rotem JR.

Sobre a Abramus


A ABRAMUS – Associação Brasileira de Música e Artes – é uma associação de gestão coletiva de Direitos Autorais sem fins lucrativos, fundada em 1982 cujo principal objetivo é defender os direitos autorais dos artistas da classe Musical, como também da Dramaturgia (Teatro & Dança), do Audiovisual e das Artes Visuais (esta, através de sua coligada AUTVIS.

A ABRAMUS tem mais de 50 mil titulares e é a maior associação de direitos autorais do país, além de ser a única das associações vinculadas ao ECAD que trabalha com os segmentos de Dramaturgia, Audiovisual e Artes Visuais.

A ABRAMUS possui escritórios espalhados pelo Brasil, sendo eles em São Paulo (Sede), Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Brasília, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Todos os escritórios são preparados para oferecer: filiação e busca de novos associados; atendimento personalizado aos titulares; verificação de repertório dos associados; contatos com gravadoras e editoras para solicitação de documentação; verificação de créditos retidos; atendimento na utilização do programa SISRC e cadastro de ISRC.

Espaço Retrô apresenta II Geração Rock Retrô Fest

Um espaço super simpático e bem roqueiro já perdura em Niterói. É o Espaço Retrô, no Centro, pilotado pelas empresárias Lu Feijó e Rosângela Comunale. Já é tradicional o evento “Sextas do Rock”, onde bandas ainda sem muita experiência surgem para tocar e começar a fazer carreira.
O evento tem apoio do programa Arariboia Rock News transmitido pela rádio web Planet Rock, e do selo fonográfico Astronauta Music. Segundo a equipe organizadora, a idéia surgiu espontaneamente devido à procura de bandas independentes por locais de apresentação em Niterói – cidade conhecida pela sua tradição no rock nacional.



Para quem tem pouca idade, não pesquisou ou não lembra a Rádio Fluminense FM (Maldita), um ícone da época do dial e que lançou modas (como as locutoras femininas de linguajar despojado, por exemplo) foi criada e desenvolvida em Niterói – servindo de inspiração para outras, como a Ipanema FM, no Rio Grande do Sul. A Flu FM deu voz às bandas de rock e pop dos anos 80 antes delas estourarem nacionalmente. Passaram pelo dial da 94.9 as fitas demonstrativas de bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens, Fellini, Mercenárias, A Mosca, Saara Saara, Urge, Finis Africae, Zero e Plebe Rude. Só para citar algumas.

Também em Niterói rolavam shows em projetos como Barca das Sete – com artistas se apresentando dentro das barcas – e em casas de shows pioneiras que entraram pra história da cidade, como o Nó na Madeira e o Duerê, além do desativado Teatro Leopoldo Fróes, no Centro.

As inscrições se encerraram no último dia 30. Agora as etapas seletivas acontecem dias 18 e 19 de maio, com a participação de jurados que participam do meio musical – produtores, músicos e jornalistas. Estão todos convidados! Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3617-0871. O Espaço Retrô fica na Rua Marechal Deodoro, 63, Centro.




    Rosangela Comunale (esq) e Lucia Feijó, produtoras do evento.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Maitê Proença interpreta ‘A mulher de Bath’ no Teatro da UFF



Depois da temporada em São Paulo e no Rio de Janeiro, Maitê Proença leva o sucesso A Mulher de Bath para o Teatro da UFF, dando continuidade às comemorações de seus 40 anos de carreira.

“Se não houvesse em toda a Terra imensa, autoridade além da experiência, a mim isso seria suficiente, para fazer um relato contundente, das mazelas da vida de casada”. Assim diz Alice, a mulher da cidade de Bath do título, ao se apresentar para o público. O fato é que ela enterrou cinco maridos e, agora, quer mais um.

À beira de uma estrada, em plena Inglaterra medieval, uma mulher de vasta experiência e de ardorosa oratória conta a história de sua vida exemplar, universal e única: seus amores incansáveis, seus rancores, suas paixões e vinganças, suas traições e sua grandeza, seu conhecimento profundo do pecado, da salvação e do espírito humano. E ela o faz sem poupar ninguém, nem a si própria. As coisas são ditas como são, sem enfeites, de forma clara, irreverente e direta. Movida por um humor visceral, Alice sugere que o comando nas mãos da mulher não leva à guerra, ou submissão, mas ao bem estar comum. Alice é uma mulher à frente de sua época.

A mulher de Bath é parte dos Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer

A mulher de Bath é um dos Contos da Cantuária (Canterbury tales) de Geoffrey Chaucer (1343-1400), publicados pela primeira vez em 1475, e apresenta uma personagem basilar da literatura moderna ocidental. Chega aos palcos brasileiros pela primeira vez, em uma tradução que resgata a eloquência popular de sua fala. A premiada tradução de José Francisco Botelho busca inspiração na poesia popular brasileira, do repente nordestino à trova gaúcha, para reviver entre nós o clima e as vivências da Idade Média.

A peça é uma adaptação gestada na já premiada união teatral da atriz Maitê Proença, que completou em janeiro 40 anos de carreira e 60 anos de vida, com o diretor Amir Haddad. O primeiro encontro entre eles aconteceu em 2012 na peça As Meninas - Prêmios APTR de Melhor Autor (Maitê e Luiz Carlos Góes), Melhor Atriz (Patrícia Pinho), Melhor Figurino (Beth Filipecki) - seguido de À Beira Do Abismo Me Cresceram Asas, em 2014 - Prêmio APTR melhor atriz para Clarisse Derziê.



Ficha Técnica:
Texto: Geoffrey Chaucer
Tradução: José Francisco Botelho
Adaptação: Maitê Proença
Direção: Amir Haddad
Com: Maitê Proença
Participação do ator e músico: Alessandro Persan
Cenário: Luiz Henrique Sá
Figurino: Angèle Froes
Adereços: Marcilio Barroco
Iluminação: Vilmar Olos
Preparadora Corporal: Marina Salomon
Assistente de direção: Alessandro Persan
Trilha Sonora: Alessandro Persan
Projeto Gráfico: Fabio Arruda e Rodrigo Bleque (Cubículo)
Idealização: Maitê Proença

Realização: M. Proença Produções Artísticas Ltda.

Serviço:

A mulher de Bath
Com Maitê Proença
Dias 05 e 06 (sábado e domingo), 11, 12 e 13 (sexta, sábado e domingo) de maio de 2018, às 20h, Teatro da UFF - Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói - RJ
344 lugares
Ingressos: R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia-entrada para estudantes, pessoas acima de 60 anos e servidores da UFF)
Duração: 60 minutos
Recomendação etária: 16 anos

Testemunhas do fim de uma Era

  Estamos assistindo ao fim de uma geração que não tem substitutos à altura Vi um comentário do jornalista e crítico Mauro Ferreira (G1) ...