segunda-feira, 12 de julho de 2010

Moska lança novo trabalho no Teatro Municipal de Niterói

Cantor e compositor estreia turnê de ‘Muito Pouco’

Depois de seis anos sem gravar um disco de inéditas, o cantor e compositor Moska lança dois álbuns – Muito e Pouco – pela gravadora Biscoito Fino e estreia nova turnê no Teatro Municipal de Niterói no próximo final de semana, dias 17 e 18 de julho (sábado e domingo).

No repertório, além das novas canções “Deve ser o amor”, “Semicoisas”, “Soneto do teu corpo”, “Sinto Encanto” e “Muito Pouco” – estas duas últimas já estão entre as mais tocadas das rádios cariocas – sucessos como “A Seta e o Alvo”, “Lágrimas de Diamantes”, “Pensando em Você” e “Tudo novo de novo” estão no show.

Acompanhando Moska no palco do Teatro Municipal de Niterói os músicos Daniel Lopes (violões, guitarra e vocais), Dunga (baixo), João Viana (bateria) e Sacha Amback (teclados).

moska muito pouco
Depois de treze anos e seis discos como contratado de uma gravadora multinacional, (Paulinho) Moska se tornou um artista independente em 2004, quando seu disco “Tudo Novo de Novo” foi lançado pelo seu próprio selo, o Casulo. A partir desse momento Moska se diversificou em atividades aparentemente distintas, mas que em sua obra vêm se misturando e se completando, nos levando a mergulhar no universo poético que ele nos propõe com suas inspiradas canções e fotografias.

Seja na instigante série de autoretratos em objetos espelhados nos banheiros de hotéis que ilustravam o encarte do disco anterior, ou nos encontros com os compositores brasileiros na sua série de TV e rádio “ZOOMBIDO” ou ainda, nas exposições fotográficas que passou a fazer a partir desses trabalhos, o olhar de Moska vem se manifestando com beleza e diversidade, destacando-o no cenário brasileiro como um artista “multifacetado”.

Desde 2004 Moska não lança um disco de estúdio. Em 2007 o DVD “Mais Novo de Novo” trouxe, além do show ao vivo, uma espécie de filme/documentário/ficção que contava um pouco sobre o processo criativo das canções inspiradas nos tais autoretratos nos banheiros.

Seu novo projeto se chama MUITO POUCO. São dois discos (MUITO e POUCO) com nove canções cada um. Antes de escutá-los, vale à pena dar uma conferida no encarte porque mais uma vez as linguagens estão amalgamadas…jogos de palavras e imagens expressivas se compõem para se tornarem também uma espécie de “cinema”. Musicalmente, MUITO POUCO é um projeto de belas canções, com melodias que grudam nos ouvidos, tocadas e cantadas com uma rara honestidade.

MUITO é um disco mais cheio, com bateria em todas as faixas, som de banda tocando… mas longe de ser pesado. As letras são mais “ativas” ou “extrovertidas”, como na canção já gravada por Maria Rita que dá nome ao projeto (Muito pra mim é tão pouco / e pouco é um pouco demais / Viver tá me deixando louco / não sei mais do que sou capaz / Gritando pra não ficar rouco / em guerra lutando por paz / Muito pra mim é tão pouco / e pouco eu não quero mais). Nesse “lado A” de MUITO POUCO escutamos vozes e arranjos mais viscerais, mas há também espaço para baladas: “Ainda” (gravada com os músicos do Bajofondo Tango Club, grupo argentino/uruguayo de tango eletrônico que brilha também no instrumental da canção “Muito Pouco”) e “Quantas Vidas Você Tem?”, que foi trilha da novela “A Favorita” da Rede Globo. Já “Soneto do Teu Corpo”, parceria de Moska e Leoni gravada por Mart’nália e também por Leoni ganha agora uma versão mais vigorosa, com direito a “scratch” feito pelo uruguayo Luciano Supervielle. Como curiosidade, o disco MUITO começa com uma vibrante canção sessentista chamada “Devagar, divagar ou de vagar?” (E se ainda não cheguei / é porque gosto de parar / em cada esquina / devagar / pelo caminho que me leva / até você me encontrar) e termina com outra chamada “Antes de Começar”. O MUITO começa devagar e termina antes de começar. Poesia?

POUCO é um disco mais vazio, sem bateria (às vezes com alguma percussão), som de casa… mais leve. As letras são mais “passivas” ou “introvertidas”, como na belíssima canção já gravada por Maria Bethania “Saudade”, parceria de Moska e Chico Cesar - que canta e toca com ele no disco - acompanhados do delicado acordeon de Cezinha Silveira (Saudade / A lua brilha na lagoa / Saudade / A luz que sobra da pessoa / Saudade igual farol / Engana o mar / imita o sol / Saudade / Sal e dor que o vento traz). Nesse “Lado B” de MUITO POUCO escutamos vozes e arranjos mais intimistas, mas também há espaço para o vigor de “Sinto Encanto”, parceria de Moska e Zelia Duncan já gravada por ZD e que traz Maria Gadú no côro de vozes. Zelia é coautora de mais duas faixas: “Não” (em que escutamos o delicioso vibrafone jazzy de Arthur Dutra) e “O Tom do Amor”. A voz de Gadú aparece também em “Oh, My Love, My Love”, canção em inglês do argentino/ americano Kevin Johansen, que canta e toca violão nessa mesma canção e na solar “Waiting for the Sun to Shine”, parceria tri-língue (português, espanhol e inglês) dele com Moska. Outra participação especialíssima é a do compositor e multinstrumentista argentino Pedro Aznar (ex-integrante da lendária banda de rock “Serú Girán” com Charlie Garcia e do “PatMetheny Group”) tocando baixo e piano no blues “Provavelmente Você” e cantando e tocando violão barítono em “Nuvem”, versão de Moska para a etérea “Nube”, do chileno Nano Stern. Como curiosidade, o POUCO começa com uma canção minimalista chamada “Semicoisas”, em que escutamos um “piano-toy” de criança anunciando a leveza do segundo disco (Nas semicoisas das coisas / Outras versões da verdade / Do outro lado do espelho/ Outro dobro metade) e termina com a já citada “Saudade”.

Em resumo, em MUITO POUCO temos em mãos muitas vozes e muitos violões de Moska acompanhados de seus convidados executando suas singulares canções. Ao fim da audição ficamos com a sensação de que o MUITO é um pouco mais e o POUCO é muito menos. Entre um e outro está o fio em que Moska se equilibra. E nos oferece, num lindo salto mortal, sua arte vital.

http://paulinhomoska.multiply.com/

Serviço: Lançamento do CD MUITO POUCO - MOSKA
Local: Teatro Municipal de Niterói – Rua Quinze de Novembro, 35 - Niterói
Dias: 17 e 18 de julho (sábado e domingo)
Horários: Sábado às 21h l Domingo às 20h
Ingressos: R$ 60 l R$ 30 (estudantes e pessoas acima de 65 anos pagam meia)
Classificação: 12 anos
Mais Informações: http://www.paulinhomoska.com.br l (21) 2620-1624

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A infância de Mozart é tema da série “Música em Pauta”, dia 9 de julho, no CEIM

O próximo encontro da série “Música em Pauta”, promovida pelo Centro de Estudo e Iniciação Musical da UFF, traz o professor de História da Ópera, Robson Leitão, falando sobre a infância do menino prodígio Mozart. O evento acontece na próxima sexta-feira, 09 de julho, na sede do CEIM-UFF, às 18h30, com ingresso simbólico de R$5,00.




O austríaco Wolfgang Amadeus Mozart é um dos maiores nomes da música universal e sua fama vem muito das obras da maturidade. Mas, em sua época (final do século XVIII), o menino Mozart, até completar 12 anos de idade, foi muito mais famoso que o Mozart adulto. Somente a partir do final do século XIX é que suas obras, compostas na fase madura, como as óperas “Don Giovanni” e “A flauta mágica”, seriam reconhecidas como um trabalho genial, imortalizando o nome de Mozart.

Mas o Mozart menino, com certeza um verdadeiro prodígio musical, era exibido e, literalmente, alardeado como um fenômeno por seu pai, Leopold, que desejava obter, através do filho, fama e segurança financeira. Porém, independente da vida atribulada por inúmeras e longas viagens desgastantes para sua saúde, o pequeno Mozart demonstrava o enorme talento musical que possuía, interpretando composições suas e reestruturando, mentalmente e de imediato, as que ouvia uma única vez, o que deixava a todos estupefatos. Até aos 12 anos, aclamado por onde passava como “genial”, Mozart compôs inúmeras pequenas obras primas, entre as quais a impressionante “Missa do Orfanato” e as óperas cômicas “La finta semplice” e “Bastien und Bastienne”, sendo esta última composta, por encomenda, com base na ópera “Le devin du village”, escrita pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau.

A infância de Mozart é o tema instigante e polêmico que o prof. Robson Leitão conduzirá, durante o “Música em Pauta”, enfocando os estudos rigorosos, as constantes viagens, o elo com sua irmã Nanerl e a forte e autoritária influência do pai Leopold.




ROBSON LEITÃO, mestrando em Literaturas Hispano-Americanas na UFF, é comunicólogo, formado pelo Instituto de Artes e Comunicação Social da UFF, e vem atuando em diversas áreas artísticas, principalmente no âmbito da música erudita. Em 2005 e 2006, realizou a pesquisa textual sobre os compositores selecionados para os CDs e DVDs “Aurora Luminosa” e “Alma Brasileira”, da Orquestra Sinfônica Nacional – UFF, e fez a coordenação geral de produção da ópera “Bastien & Bastienne” (2006), de Mozart, produzida pelo Centro de Artes UFF. No Centro de Estudo e Iniciação Musical - UFF integra o quadro de professores, ministrando cursos relacionados à História da Ópera.


Serviço:

09 de julho 2010 – 18h30 – Série Música em Pauta – “O menino Mozart”

Com Robson Leitão (prof. de História da Ópera)

Local: CEIM – UFF. (Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói – RJ) - Tel.: (21) 2629-5256)

Vagas limitadas: reservas por telefone.

Censura: Livre

Ingresso: R$5,00 (valor único).

Testemunhas do fim de uma Era

  Estamos assistindo ao fim de uma geração que não tem substitutos à altura Vi um comentário do jornalista e crítico Mauro Ferreira (G1) ...