A banda goiana Bella Utopia, que acaba de lançar seu álbum de estreia pelo selo Café Forte Musica/Sony Music, divide duas datas em Goiás com a banda paulistana Gloria. A primeira, no Goiás Rock Festival, dia 28 de julho, às 16h, no Recanto do Lago (Anápolis). E a segunda no dia seguinte, 29, no Rock Gyn Roll -- Festival de Novos Talentos, que acontece no Bolshoi Pub, em Goiânia.
Após o sucesso com a releitura de “Machine Messiah” para o álbum “Third World Domination: A Tribute to Sepultura” a Bella Utopia tem uma proposta simples: músicas diretas com os elementos calcados no rock e no metal. Foi assim que a banda entrou em estúdio e registrou o disco " Dilema do Prisioneiro", no início de janeiro de 2015. O álbum, um verdadeiro petardo, conta com doze faixas cortantes. Para quem ainda não viu, a banda já está em todas as plataformas digitais
do mundo (Spotify, Deezer, Google Play, etc) e com o videoclipe da faixa "Sangrar em Segredo" no Vevo. A capa do disco traz a ilustração do artista romeno Chioreanu Costin. A masterização
foi feita pelo tarimbado Alan Douches, do Estúdio West West Side Music em NY, Estados
Unidos, e que já trabalhou com bandas de peso como: Sepultura, Yes, Krisiun, entre outros.
O line-up atual da Bella Utopia conta com Isabela Eva (vocal), Luis Maldonalle (Guitarra),
Julian Stella (Baixo), e Junão Cananéia (bateira), todos gabaritados e com longa
experiência na cena.
Já a Gloria mistura o peso do metal com um toque melódico, fazendo com que essa união se tornasse o diferencial da banda. Formada em SP em 2002 por Mi Vieira, desde o começo sempre fez parte dos
grandes shows e festivais independentes de SP, sendo referência no segmento. Com dois álbuns lançados por selos independentes a banda acumulou fãs fiéis pelo país inteiro, chamando atenção em suas apresentações sempre com energia de sobra.
O ROCK EM GOIANIA
Goiânia, para muita gente, é uma espécie de Seattle brasileira. O apelido é por causa da
cena roqueira da cidade. Isso é uma alusão ao Grunge, aquele estilo que revelou Nirvana,
Pearl Jam, Mudhoney e tantos outros músicos “enfurecidos” que mudaram a face do rock –
que andava burocrática demais. Todos os anos, vários festivais acontecem na nossa
Seattle. E se existe um lugar em que o rock independente está dando certo nesse país,
esse lugar se chama Goiânia.
Em pouco mais de treze anos a cidade se inseriu fortemente dentro do cenário da música
independente e criou aquilo que todo mundo gosta de chamar de cena. Goiânia tem uma
das maiores gravadoras independentes do Brasil, muitas bandas, festivais de projeção
nacional, programas de rádio e publicações independentes, e – o melhor – tem formado um
público segmentado e fiel à nova música brasileira, numa época em o que o “ser eclético” é
que dá o tom. Mais: ajudou a impulsionar a experiência de uma nova lógica de mercado em
outras capitais também distantes dos pólos culturais do sul maravilha, que hoje se conhece
como Movimento Fora do Eixo, e ainda participou da criação da Abrafin – Associação
Brasileira de Festivais Independentes.
Mas o mercado do rock em Goiânia também está ligado aos tradicionais bares e lojas do
estilo, como barbearias, feiras, estúdios de tatuagem e lojas de roupa.
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